segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Capitalização da Petrobrás

A Caixa Econômica Federal publicou hoje no Diário Oficial da União a Circular nº 526 com as regras de capitalização da Petrobrás. Os investidores que tenha um fundo de investimentos em ações da Petrobras específico para FGTS (FMP-FGTS) devem procurar a agência da CEF em que fizeram a aplicação, munido com um extrato da conta do fundo e formalizar sua solicitação.

O investidor tem entre os dias 13 e 16 de setembro para manifestar o interesse em participar da oferta pública e a quantia está limitada ao tamanho da participação que já tem do capital da Petrobrás, além da limitação de 30% do saldo depositado na conta do FGTS. Os recursos investidos da conta do FGTS ficarão bloqueados por um período de 12 meses e só após este prazo poderão ser resgatados.

Como será a capitalização da Petrobrás*:

Os que optaram por utilizar os recursos do FGTS na última oportunidade e não resgataram, fizeram um bom investimento (veja quanto rendeu procurando "FGTS" nos Marcadores). Estes não devem perder o prazo, pois embora haja previsão de grande volatilidade, a tendência é que a rentabilidade será muito boa nos próximos anos. Como o mercado de ações, para quem não é especulador, é investimento de longo prazo, os 12 meses de carência não devem inibir o investidor.  Pelo contrário, é um horizonte razoável para proporcionar uma rentabilidade superior ao rendimento de 3% ao ano do FGTS.

Ficar atendo às notícias é muito importante. Vou manter a informação do andamento do processo pelo Twitter. Se desejar informações atualizada siga-me em @CiroAimbire.

(*) Fonte da imagem: http://bit.ly/ah9cRg

sábado, 31 de julho de 2010

Quanto ainda devo?

Algumas vezes fui procurado por pessoas que desejam quitar uma dívida antes do vencimento da última parcela. A pergunta é sempre a mesma: quanto ainda devo?

Vou dar um exemplo para entender melhor o problema: um financiamento de um automóvel no valor de R$ 30.000,00, com entrada de 20% do valor (R$ 6.000,00) em 24 parcelas mensais e fixas. Neste caso, o valor financiado será R$ 24.000,00 e a prestação seria R$ 1.341,91, considerando uma taxa de 2,5% ao mês. Supondo que quem financiou o veículo decidiu quitar após o pagamento da 14ª parcela. Qual o valor a pagar para a financeira para poder liberar o veículo?

Para entender um pouco, de maneira bem simples, a matemática financeira calcula a prestação (PMT) levando em consideração o valor a ser financiado (VP), número de parcelas (n) e taxa de juros (i). A fórmula matemática para o cálculo da prestação é esta:
Contudo, não há necessidade de conhecer a matemática a fundo, pois as calculadoras financeiras e as planilhas de cálculo fazem esta tarefa de maneira bem fácil e nos dá o valor correto da prestação a pagar mensalmente.
No caso do nosso exemplo, no valor da prestação estão incluídos os juros e a parcela de amortização do valor tomado emprestado. Assim, se multiplicar o valor da prestação pelo número de parcelas, teríamos que o total a ser pago é R$ 32.205,84, que se subtairmos o valor do empréstimo, teríamos que R$ 8.205,84 refere-se a juros e o restante amortização do principal.
A matemática financeira estuda este assunto como sistemas de amortização de empréstimos e financiamentos. Para isso existem alguns sistemas bem conhecidos, como o SAC (Sistema de Amortização Constante), utilizado nos financiamentos imobiliários, e o SAF (Sistema de Amortização Francês), amplamente adotado no mercado financeiro do Brasil. Neste sistema, as prestações são iguais e sucessivas e o valor da amortização vai aumentando à medida em que se vai amortizando a dívida mediante a quitação das prestações. Resumindo, os juros, por incidirem sobre o saldo devedor, são decrescentes, e a amortização da dívida é crescente.
Retornando ao nosso exemplo, a dívida do financiamento do veículo após a quitação da 14ª prestação, estaria em R$ 10,696,17 e este seria o valor de quitação junto a financeira para liquidação do empréstimo e liberaçao do veículo. Convém lembrar que a financeira poderia cobrar um4wa pequena taxa de quebra de contrato, mas não de valor muito elevado, pois esta taxa é regulada pelo Banco Central.
Para entender melhor o sistema de amortização, estou disponibilizando uma planilha com a Tabela Price, que calcula pelo SAF, na seção de Download na minha página na Internet (www.aimbire.adm.br) com o exemplo acima. O leitor verá que a prestação é constante, mas os juros decrescem à medida que o saldo devedor vai sendo amortizado. Como na parcela está incluído juros e amortização, o valor mensal desta amortização vai crescendo.
A planilha está dividida em duas: uma considera a taxa de juros e calcula o valor da prestação. Outra considera o valor da prestação e calcula a taxa de juros. Os valores podem ser alterados e você poderá verificar as informações no seu contrato de financiamento e calcular quanto ainda deve, a taxa de juros, etc. Espero que ajude no planejamento da sua vida financeira.

terça-feira, 15 de junho de 2010

711,14% X 63,96%



Em 2000 o governo abriu a possibilidade para os trabalhadores adquirirem ações da Petrobrás com o dinheiro depositado na conta do FGTS. Na verdade, a operação não implicava desembolso, mas de trocar uma aplicação que rende líquido e certo 3% a.a. por uma aplicação de maior risco. Afinal, o valor depositado era seu fundo de garantia em caso de demissão ou outra necessidade. Também, na ocasião, havia uma carência de 2 anos para quem fizesse a operação, ou seja, o valor investido em ações não poderia ser resgatado antes do tempo.

Isso deixou muitos trabalhadores inseguros, afinal estariam assumindo um risco maior e com a liquidez limitada. Adicionando uma falta de cultura de investimento em ações, apenas 317 mil trabalhadores usaram o saldo do FGTS para a aquisição dos papéis, resultando em um investimento 46% do total ofertado.

Desses 317 mil, apenas 95 mil ainda possuem os papéis e, supondo que na época tivessem aplicado R$ 1.000,00 em papéis da Petrobrás, já ganharam R$ 7.111,40, ao passo que os que deixaram o dinheiro nas contas do FGTS ganharam apenas R$ 639,60. Isto representa um ganho adicional de R$ 6.471,80 nesses 10 anos.

Vale a pena a gente pensar um pouco em dois pontos importantes: o primeiro está relacionado ao investimento em ações. Para quem não lida todos os dias no mercado financeiro, pensar em comprar papéis de empresas de primeira linha com vistas no longo prazo sempre foi um bom negócio. Assume-se risco maior, mas história nos diz que ainda é negócio quando pensamos em investimentos de longo prazo.

O segundo ponto, é que quem comprou ações em 2000, poderá participar do processo de capitalização da Petrobrás para exploração da camada do pré-sal, com até 30% do saldo do FGTS. O investidor deve estar atendo, pois quando for divulgado lançamento da capitalização, o processo implicará que o interessado deverá se dirigir a uma agência da Caixa Econômica Federal e assinar sua opção.

Quem não comprou ainda resta uma esperança: há um projeto de lei do senador Paulo Paim para permitir que todos os trabalhadores utilizem 10% do saldo da conta do FGTS neste processo de capitalização. O projeto está tramitando na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e, se aprovado, seguirá para a Comissão de Infraestrutura da casa, onde será votado em caráter terminativo. Depois seguirá para a Câmara dos Deputados e para a avaliação do presidente da República.

Fique atento e diga a seu deputado que tem interesse na aprovação do projeto.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Telebrás: você pode ter dinheiro e não sabe


As ações da Telebrás subiram cerca de 35.000% desde 2003. Se você achou que errei na quantidade de zeros, esqueça. É isso mesmo.
Para quem não se lembra (ou não sabe), antigamente as pessoas compravam a linha telefônica e muitas vezes esperavam anos para que ela fosse instalada. Eram os tais planos de expansão que as companhias telefônicas lançavam. Normalmente se pagava parcelado em 36 meses e uns dois anos depois que já haviam quitado os telefones, as companhias iam chamando os felizardos que adquiriam suas linhas para instalação. Diante da falta de disponibilidade deste serviço, havia um comércio paralelo de linhas telefônicas e muita gente ganhou dinheiro com isso. É a Lei da Oferta e Procura funcionando, pois diante da oferta restrita, quem tinha disponibilidade comprava e revendia com algum lucro. Foi um período em que investir em linha telefônica era um bom negócio.
Nesta época, aqueles que adquiriam suas linhas através de planos de expansão, também compravam (muitas vezes sem saber) ações da Telebrás. Ou seja, no pagamento das parcelas estava embutido o valor das ações que eram adquiridas sem que o interessado soubesse, pois na ocasião ele pensava apenas na nova linha de telefone que utilizaria ou comercializaria.
Veio a privatização e com ela a abundância de operadoras e disponibilidades de linhas que conhecemos e acompanhamos pela oferta que todas elas nos fazem diariamente, principalmente com o advento da portabilidade. Muita gente que possuia ações da Telebrás vendeu suas posições e ganhou algum dinheiro.
Entretanto, ainda existem pessoas que desconhecem que são acionistas da empresa e que podem ter algum dinheiro sem saber. Se você ou algum parente próximo (pai, avô, por exemplo) adquiriu a linha telefônica a partir de algum plano de expansão, convém dar uma verificada se essas ações não foram vendidas. Muita gente vendeu a linha telefonica naquela época, mas não vendeu as ações. Por isso, convém verificar se tem alguma coisa por lá e, desta forma, apareceu um dinheirinho extra. Já pensou em uma pequena herança que você nunca recebeu. Ela pode estar lá, esperando por você.
Para isso, você deve ir a uma agência do Banco ABN Anro Real, que é o custodiante, munido do CPF e documento de identidade (seu do do seu parente), e solicitar a consulta. O processo é rápido (depois que conseguir ser atendido, é claro) e fácil. Para saber um pouco mais, disponibilizei na seção Vídeos do InfoMoney, à direita neste blog, uma entrevista com a analista da SLW Corretora, Rosângela Ribeiro, que explica direitinho este assunto.
Boa sorte!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Pagamento a vista com desconto ou parcelado?


Nas compras, em geral, a oferta de pagamento parcelado é um chamariz que o lojista oferece ao consumidor e, também, a armadilha para pegar aqueles consumistas que não podem perder uma boa oferta. A facilidade de pagamento e a forma encontrada para aumentar as vendas das empresas. Assim, você compra em 1 + 3 no cheque, 10 vezes sem acréscimo no cartão, etc.

O que devemos sempre perguntar é qual o desconto que você pode conseguir se pagar a vista. Muitas vezes o vendedor fala em 5% de desconto e você faz uma conta rápida e vê que o valor é pequeno e não vale a pena. Além disso, ao parcelar o pagamento, tenho um desembolso relativamente pequeno e melhor para meu caixa.

Para melhor entender o processo, vamos imaginar uma compra no valor de R$ 250,00 onde a oferta é para pagamento em 1 + 3 com cheque. Se você pagar a vista, o lojista oferece 5% de desconto. Utilizando uma calculadora financeira, chegamos à conclusão que o pagamento parcelado implica em uma taxa de 3,53% ao mês ou 51,64% ao ano. Um outro exemplo é a compra de um bem de maior valor, onde as lojas oferecem até 10 parcelas sem juros para pagamento. Contudo, se você conversar bem com o vendedor, ele pode oferecer um desconto de 15% sobre o preço do produto para pagar a vista ou mesmo em 1 parcela no seu cartão de crédito. Neste caso, calculando a taxa de juros, vemos que a taxa mensal não é muito melhor que o exemplo anterior: 3,07% ou 43,74% ao ano.

Estas taxas são muito altas se compararmos com a Taxa Selic (hoje 8,75% ao ano), a rentabilidade da Caderneta de Poupança (hoje pouco mais de 6% ao ano) ou mesmo um Fundo de Renda Fixa (que anda por volta dos 8% ao ano, dependendo do fundo). Contudo, como saber se vale a pena comprar parcelado conhecendo esta taxa? A resposta está na comparação com outras taxas. Se você tem dinheiro aplicado na Caderneta de Poupança, melhor aproveitar o desconto e pagar a vista retirando o valor da poupança. Com um pouco de disciplina você vai repondo o valor da parcela a cada mês e, neste caso, vai ganhar juros ao invés de pagar juros.

Entretanto, se você está endividado algumas considerações devem ser feitas:

  • Será que realmente eu tenho necessidade daquilo que eu quero? Esta pergunta vai ajudá-lo a reduzir seu endividamento. Se for possível adiar a compra, o melhor é utilizar o valor da parcela para reduzir suas dívidas; principalmente em cheque especial ou cartão de crédito, já que essas modalidades de crédito sempre estão com taxa superior a 8% ao mês;
  • Se não tenho outra alternativa e preciso realmente efetuar aquela compra, mesmo sem dinheiro para pagar a vista, você deve comparar qual taxa é melhor. Às vezes podem existir outras formas de tomar dinheiro com taxas menores. Daí, consultar seu banco ou mesmo um parente ou amigo que esteja com dinheiro na poupança. Se ele tem dinheiro aplicado a 0,5% ao mês, quem sabe você paga 1%, por exemplo, e ambos saem ganhando. Só não esqueça de cumprir seu compromisso para manter seu crédido sempre aberto.

Como sei que muitos não sabem como calcular a taxa de juros, disponibilizei uma planilha para o cálculo da taxa de juros na seção "Download" na minha página na Internet: http://www.aimbire.adm.br/.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Compras no supermercado: perigo para os bolsos!


Os supermercados estão presentes em nossa vida e fazem parte da nossa rotina. Afinal, todas as compras de alimentos, materiais de higiene e limpeza, bebidas e tantos outros produtos que necessitamos estão dispostos nas prateleiras, nos esperando para serem adquiridos e consumidos. Até os pequenos "armazém do seu Zé", que sempre tem perto da nossa casa para aquelas pequenas necessidades de última hora, já tomaram a forma de supermercados. Acabou-se o balcão, onde o vendedor ficava de um lado e o comprador de outro. O cliente entrava, se aproximava do balção e o vendedor lhe atendia e era ele quem se dirigia às prateleiras para buscar o produto desejado.

Esta forma de venda foi se desenvolvendo e os supermercados hoje se transformaram em lojas onde é possivel encontrar de tudo: além dos alimentos, eletrodomésticos, vestuário, louças, produtos para automóveis, materiais para pequenas reformas e tantas outras coisas. Alguns supermercados construiram um shopping center para atender outras necessidades, como bancos, praça de alimentação, lavação de veículos, pet shops, etc. ou outros shoppings centers sempre tem um supermercado como atrativo para as suas lojas.

O que quero colocar neste texto é que essa imensidão de produtos ofertados nos leva aos olhos produtos que estavam fora do nosso objetivo de compra ao ir ao supermercado, mas que, geralmente, nos fazem gastar mais do que pretendíamos ou mesmo que necessitávamos. Os produtos nas gôndolas (prateleiras) estão expostos de forma a facilitar nossa compra pela visibilidade, que nos ajuda encontrar os produtos que necessitamos, como também como uma oferta, como que suplicando: compre, compre, compre! Empresas disputam espaços nos supermercados, como as pontas de gôndolas, por exemplo. Isto porque você pode não entrar naquele corredor, mas vai passar pela frente dele e ver o produto com o grande cartaz escrito "OFERTA".

Você verá que os produtos de primeira necessidade estão sempre ao fundo da loja, como a padaria, açougue, etc. Isto faz com que você passe por diversos corredores e prateleiras antes de chegar a eles. Uma outra armadilha são produtos menores que estão perto do caixa, como balas, revistas, etc.

Neste sentido, seguem abaixo algumas dicas quando for às comprar no seu supermercado preferido:
  1. Não vá ao supermercado com fome. Isto o levará a comprar mais alimentos que a sua necessidade. A aparência dos bolos, pães e até mesmo as embalagens dos produtos o fará comprar além do que realmente necessita;
  2. Deixe as crianças em casa nas compras. Elas influenciam as decisões. Se você verificar bem, os produtos que atraem as crianças estão sempre na parte de baixo das prateleiras;
  3. Não ceda às tentações levadas pelas promoções. Verifique se realmente existe a necessidade daquele produto e se o preço realmente é uma promoção;
  4. Tenha sempre em mãos uma calculadora. Ela ajuda a calcular o preço unitário dos produtos. Por exemplo: O que é melhor: uma garrafa de coca-cola de 2,5 litros que custa R$ 3,20 ou uma garrafa de 2 litros que custa R$ 2,80? O cálculo é simples: divide-se R$ 3,20 por 2,5 litros e temos que o preço do litro, neste caso é de R$ 1,28. No outro caso, divide-se R$ 2,80 por 2 litros e temos que o litro custa R$ 1,40, ou seja, mais caro que a primeira opção. O que temos que ver se vou realmente vamos consumir 2,5 litros de coca-cola, pois comprar apenas porque é mais barato não tem sentido;
  5. Faça compras maiores e diminua a frequencia das idas ao supermercado. Quanto mais vezes você for ao supermercado maiores são as chances de levar produtos por impulso;
  6. Faça uma lista de compras. Elas ajudam a manter o foco e não comprar coisas desnecessárias.

Finalmente, fazer as compras com calma favorece a comparação preços e, consequentemente, maior poupança.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Novas cédulas do Real

O Governo lançou ontem as novas cédulas do Real. A circulação da nova cédula deve iniciar neste ano pelas notas mais altas (R$ 100,00 e R$ 50,00) e, aos poucos, vão substituir as atuais. Não há necessidade de fazer nada para substituir as que estão na sua carteira, pois o Banco Central vai colocar em circulação à medida que vai retirando as que não tem mais condições de uso.

O que me leva a fazer este comentário a respeito da notícia são, basicamente, dois pontos: o primeiro relacionado ao governo, que parece que quer deixar sua marca. Não sei quanto foi investido no desenvolvimento desta nova cédula, mas sei que a Casa da Moeda do Brasil iniciou o projeto em 2003. Só imagino a quantidade de pessoas envolvidas e o dinheiro desembolsado nesses 7 anos para lançar uma nova cédula do real. Certamente o novo formato vai ajudar a vida dos deficientes visuais, mas não sei se justifica tal gasto, já que estamos com a mesma cédula há anos e estamos nos virando muito bem com ela. Se compararmos com a moeda americana, que circula no mundo inteiro, há muito tempo mantém o mesmo formato, alterando apenas a face do homenageado.

O segundo ponto refere-se à diferenciação de tamanho das cédulas. Quem andou pela Europa nos últimos anos sabe o que é isso, pois as cédulas do Euro tem tamanhos diferentes. O complicador é o tamanho da carteira com as cédulas de maior valor. Pelas fotos publicadas não é possível ver se a altura da cédula será maior que as atuais. Se for o caso, vamos ter que adaptar nossas carteiras e modo de quardar o dinheiro. Atualmente guardo tudo em um moedeiro e espero poder continuar mantendo meu sistema, já que não gosto muito de andar com carteiras fazendo volume nos bolsos ou tendo que carregar na mão.

É isso aí! O ser humano tem uma capacidade imensa de adaptação e vamos ter que nos adaptar a esta nova forma.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Excelente época para ensinar as crianças

Nesta época do ano, pais estão às voltas com a aquisição de material escolar. Os filhos sempre os acompanham nesta jornada e muitas vezes perdemos a oportunidade de ensiná-los como tratar o dinheiro. O impulso consumista pode ser identificado desde a infância e os produtos oferecidos nas papelarias atraem as crianças, afinal, existe a borracha da Barby, o lápis do SuperMan, o caderno deste ou daquele personagem. Logicamente, o licenciamento destas marcas custam caro e são repassados aos preços dos produtos e conter o desejo das crianças torna-se um desafio aos pais.

Segundo Marília Cardoso, uma das autoras do livro “Você sabe lidar com o seu dinheiro? Da infância à velhice”, “Os pais têm a missão de mostrar que o dinheiro não cai do céu nem brota em árvores, lição que resolve dois problemas de uma única vez: primeiro porque justifica as saídas diárias para o trabalho, segundo, forma cidadãos conscientes do seu consumo”. Neste sentido, os pais devem aproveitar a ocasião para ensinar limites e a diferença entre necessitar e desejar. A pergunta que deve ser feita é sempre a mesma: será que eu realmente preciso daquilo que estou desejando?

A autora passa algumas dicas importantes para serem repassadas às crianças:
  • Reforce que as moedas e cédulas precisam ser bem conservadas porque, quando danificadas, o governo gasta o nosso dinheiro para repô-las;
  • Mostre que algumas moedas e cédulas valem mais que outras, mas que todas têm valor;
  • Na compra do material escolar, procure distinguir coisas caras das baratas e mostre a diferença do querer e precisar;
  • Ensine a fazer escolhas. Quando a criança quiser dois itens, faça-a escolher apenas um para que aprenda a eleger as suas prioridades;
  • Peça a colaboração dos tios e avós na educação financeira, pois eles podem colocar tudo a perder se derem presentes e dinheiro o tempo todo.
Lembre-se que é nos primeiros passos que passamos ensinamentos para toda a vida.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Bancos já possuem a ferramenta API

API é a sigla de Análise do Perfil do Investidor. É uma ferramenta que os bancos já possuem desde o início deste mês de janeiro para auxiliar o cliente das instituições bancárias a escolher qual é a modalidade de investimento mais adequada ao seu perfil. Investidores que estão iniciando seus investimentos em fundos de ação, multimercados ou de crédito privado estão sendo submetidos ao processo.

Segundo publicado hoje por Tabata Pitol Peres do InfoMoney, as instituições financeiras deverão aplicar um questionário que atenda às seguintes etapas:
  1. Coleta de informações que permita a identificação da situação financeira do investidor, sua experiência em matéria de investimentos e seus objetivos;
  2. Definição de um perfil de investimento para cada cliente;
  3. E a verificação da adequação dos objetivos dos clientes a carteira por eles pretendidas.

Assim, se vai fazer algum investimento, procure o gerente da sua conta e peça o questionário para fazer sua avaliação. Discuta com ele o resultado, pois se desejar fazer uma aplicação diferente da recomentada pela análise, terá que assinar um termo de responsabilidade.

domingo, 17 de janeiro de 2010

FGTS: Dinheiro do trabalhador?

Navegando pela Internet acabei me deparando com um texto sobre o FGTS de autoria de Klauber Cristofen Pires, com o título "O FGTS é um empréstimo Compulsório!" (se desejar ler todo o texto acesse http://libertatumarquivos.blogspot.com/2009/08/o-fgts-e-um-emprestimo-compulsorio.html). Nele o autor deseja comentar a perda do valor depositado em relação à Caderneta de Poupança, já que a rentabilidade anual do FGTS é de apenas 3% ao ano, enquando a Caderneta de Poupança é de 6% ao ano.

Até aí nada de novo e há realmente uma grande perda para o trabalhador, pois além da baixa taxa de juros, a TR (Taxa Referencial) anda decepcionando quanto à atualização monetária que ela deveria proporcionar para manter o valor depositado em relação à inflação. O problema é a forma com que o autor acima entende o FGTS. Ele considera o fundo como um empréstimo do trabalhador ao governo porque tem uma rentabilidade muita baixa em relação à poupança.

Também levanta um ponto que não posso concordar quando diz que o empregador, responsável pelo depósito do FGTS, desconta o valor depositado do salário do empregado. Ele menciona que "Esta é uma das mentiras mais bem solidificadas no imaginário nacional. Ora, desde quando um empregado é admitido, o empregador já conhece de antemão todos os custos que ele irá acarretar, e todos estes custos são, para o empregador, o salário do empregado, quer ele receba na mão...ou não." Menciona, neste ponto, as empresas de serviços terceirizados que incluem em sua planilha de custos o FGTS, mas como elas não entregam o valor na mão do trabalhador e depositam na conta do FGTS, estão descontando o valor que deveria ser pago ao empregado.

Realmente nas planilhas de custo destas empresas consta o FGTS como um dos itens de custo, assim como todos os outros encargos sociais decorrentes da contratação do empregador, tais como INSS, Férias, 13º salário, aviso prévio e tantos outros encargos impostos pela legislação às empresas neste país. O que o Sr. Klauber se esquece é a finalidade do FGTS, definida pela lei 8.036/1990. Como o próprio nome diz, FGTS é a sigla de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. Uma das formas para sacar o saldo depositado é quando o trabalhador é demitido sem justa causa e, justamente nesta hora que o FGTS faz jus ao nome e à finalidade. Garantir algum recurso ao trabalhador para que ele consiga suprir suas necessidades enquanto perdurar sua situação de desemprego. Quanto mais tempo de trabalho, maior é o saldo, justamente porque ao ser mais velho e, muitas vezes, por ter ficado muito tempo em uma só empresa, há uma certa dificuldade em recolocação no mercado, já que a experiência deste trabalhador está limitada a poucas empresas.

Além disso, outras possibilidades de saque dão certa garantia ao trabalhador quando ele contrai matrimônio, quando está construindo ou adquirindo sua casa própria ou mesmo quando se aposenta. É para isso que serve o FGTS e não para ser entregue nas mãos do trabalhador, como supõe o Sr. Klauber. Se os empregados das empresas recebessem mensalmente o valor do FGTS, certamente incorporariam à sua renda e dificilmente depositariam mensalmente em uma caderneta de poupança o valor correspondente a 8% da sua remuneração. A garantia do trabalhador que os legisladores esperavam quando votaram a lei cairia por terra. Basta ver a quantidade de gente endividada que se acumulam nas financeiras, bancos e agiotas neste país.

Deixando de lado a questão levantada pelo Sr. Klauber se é empréstimo ou se o valor é descontado do empregado, cabe levantar a questão da rentabilidade do FGTS. Como a TR é calculada a partir da média da correção dos CDBs (Certificados e Depósitos Bancários), que são influenciados pela taxa básica de juro, a Selic, que está em queda, a remuneração do capital depositado é muito pequena e não acompanha o poder aquisitivo da moeda. Para isso, qualquer oportunidade para sacar ou utilizar o FGTS deve ser avaliada.

Alguns exemplos: sacar o FGTS para casamento ou construção/aquisição da casa própria, mesmo que não haja necessidade de utilizar o recurso depositado, deve ser considerada, pois depositando o valor sacado na Caderneta de Poupança (investimento com risco semelhante) já é negócio. Se o investidor desejar assumir riscos maiores, pode depositar em um fundo de renda fixa ou até mesmo renda variável. Há um tempo atrás o governo abriu a oportunidade para utilizar parte do valor do FGTS para aplicar em ações da Petrobrás e da Vale. Se o governo abrir nova oportunidade como esta, deve ser avaliada, pois a tendência da Bolsa de Valores é sempre de crescimento quando se trata de investimento a longo prazo.

Para finalizar, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) apresentou o projeto de Lei 193/08, que já foi aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos e está em análise na Comissão de Assuntos Sociais, que propõe a troca da TR pelo IPCA para correção monetária do FGTS. Em 2009 o rendimento do FGTS foi de apenas 3,9%. Ficou abaixo da inflação além de ser o menor em 16 anos.

Se desejar uma rentabilidade maior para seu dinheiro para que o valor depositado seja realmente uma garantia quando houver necessidade, mande uma mensagem aos senadores do seu estado e peça para aprovar o projeto de lei. Estado democrático é isso: o povo dizendo aos seus representantes o que deseja que eles aprovem.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Alcool ou Gasolina?

Ultimamente a imprensa está insistindo muito nesta questão em função do preço do alcool em relação à gasolina, já que seu consumo por quilometro é maior. A questão, para quem tem carro com motor flex é sempre aquela: qual é o mais barato? Alcool ou gasolina?

Para quem é ambientalista e mais preocupado com a questão de sustentabilidade, poluição, etc, não há o que questionar. O alcool nos motores é menos poluente e se consome um tipo de energia renovável, pois deriva da cana-de-açucar.

Não sou especialista em meio ambiente nem engenheiro de automóveis. Tento ajudar na questão do custo. Se o seu caso é buscar a forma mais barata de andar de carro vou tentar ajudá-lo com uma conta muito simples.
Os técnicos dizem que o alcool, embora com um desempenho pouco maior do motor do carro, consome 30% a mais que a gasolina. Assim, a imprensa andou ensinando fazer a conta para ver qual a alternativa mais barata, dividindo-se o preço do alcool pelo preço da gasolina. Se este valor for inferior a 0,7, vale a pena abastecer com alcool. Se for maior, melhor utilizar gasolina no motor do seu carro. Vamos pegar o exemplo de um posto em Florianópolis (SC) que vende a gasolina comum ao preço de R$ 2,698 e o alcool a R$ 2,198. Neste caso, se efetuarmos o cálculo acima teremos 0,81 como resultado. Isto significa que o preço do alcool está 81% do preço da gasolina e, para ser vantajoso, deveria estar com menos de 70%.

Este cálculo simples leva em consideração que o alcool tem um consumo de 30% maior que o da gasolina. Contudo, penso que, para se ter uma idéia melhor do que vale a pena no seu caso, a conta deve ser feita de forma diferente. Como disse, não sou engenheiro e especialista em motores de automóveis. Vejo o lado financeiro apenas. Para isso, a conta que devemos chegar é quanto custa cada quilometro rodado com alcool ou gasolina. Isto porque os carros tem consumo, motor, desempenho, motorista (com pé mais ou menos pesado) diferentes e certamente a regra geral pode servir para uma base, mas não para ter o valor exato do custo nas condições específicas de cada um. Saber quanto custa rodar cada quilometro com meu carro utilizando alcool ou gasolina é a forma correta de verificar qual é o mais barato.

Para isso, você deve encher o tanque do seu carro (com alcool ou gasolina) e anotar a quilometragem atual e o preço do litro do combustível abastecido. Quando for encher o tanque novamente deve verificar a quantidade de litros utilizada e quilometragem que você andou desde a última vez que abasteceu. Para saber quanto custou andar um quilometro com este combustível, multiplique a quantidade de litros utilizada pelo preço unitário que abasteceu anteriormente e divida este valor pela quantidade de quilometros percorrida. Você saberá quanto custou rodar um quilometro com este combustível. É importante aqui fazer a multiplicação dos litros de combustível comsumido pelo preço que abasteceu na última vez e não pelo que esta pagando desta vez. Afinal, o combustivel consumido custou o valor anterior e não o atual.

Vamos exemplificar utilizando os preços de Florianópolis: você abasteceu seu carro com alcool e anotou que tinha 59.497 km no odômetro do carro e que o preço pago foi de R$ 2,198. Na próxima vez que abasteceu anotou que seu carro estava com 59.736 km e que utilizou 34,37 litros. Podemos ver que entre as duas vezes que foi ao posto, o carro rodou 239 km (59.736-59.497) e que o valor de custo deste consumo foi de R$ 75,55 (34,37l x R$ 2,198).

Se utilizarmos a metodologia de cálculo proposta temos que o custo do quilometro rodado é de R$ 0,31.

Supondo que a próxima abastecida foi com gasolina. Desta vez a quilometragem do carro estava com 60.138 km e foram colocados no tanque 40,812 litros de gasolina. Temos que foram rodados 402 Km (60.138-59.736) e que foram gastos R$ 110,11 (40,812 litros x R$ 2,698). Assim vemos que o custo por rodar com gasolina é de R$ 0,27.

É interessante fazer isso mais de uma vez com o mesmo combustível, pois os preços variam de posto a posto, as condições de utilização, trânsito, quantidade de combustivel abastecida, etc. podem variar. Fazendo esta conta uma três vezes seguidas com um combustível e outras três com o outro, teremos uma boa média para saber quanto custa rodar com cada combustível e saber qual deles é realmente o mais barato.

Aproveite seu final de semana!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Cartão de Débito pode (e deve) ser usado pelos turistas no exterior


O cartão de débito da sua conta bancária aqui no Brasil é uma boa alternativa para não levar muito dinheiro nas viagens de turismo ao exterior. Antes da viagem sempre fica aquela dúvida: quanto devo levar de dinheiro? Esta dúvida surge porque muitas vezes não temos noção de quanto vamos necessitar de recursos, já que quase sempre não temos noção dos preços praticados no(s) país(es) que vamos visitar, principalmente de alimentação, ingressos para museus, parques e outras atrações. Se levarmos pouco dinheiro corremos o risco de faltar durante a viagem e se levamos muito, no retorno temos que vender a moeda e acabar com uma perda entre a diferença da taxa de câmbio entre a compra e a venda.

Na verdade, o cartão de débito dos bancos é aceito no exterior desde que o cartão do seu banco seja internacional. Você pode identificar isso facilmente, verificando se no verso tem o logotipo da "Cirrus" ou "Maestro" que são aceitos em diversas lojas, restaurantes e até mesmo para saque em caixa eletrônico.

Esta facilidade não só nos ajuda a decidir sobre a quantia a levar, já que minimiza a preocupação relacionada ao risco de ficar sem dinheiro, como também minimiza o risco de roubo e perda de dinheiro em espécie, pois, em caso de extravio, basta efetuar o bloqueio junto ao banco. Mais que isso, com o cartão de débito não há preocupação quanto ao câmbio, pois ele debita direto o valor em reais na sua conta corrente à taxa do dia da operação. Para isso, basta informar o seu banco a data da viagem e os países que vai visitar e utilizar normalmente nos estabelecimentos comerciais e caixas eletrônicos, com a mesma senha que utiliza aqui no Brasil.

O cartão de crédito também pode ser utilizado no exterior, desde que ele seja internacional, e também necessita informar o banco da sua utilização fora do país. A diferença é que podem aparecer algumas tarifas de câmbio e a taxa aplicada será a do vencimento da fatura e não da data efetiva da compra.

Boa viagem e aproveite suas férias!